sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Versos

Sob lua que brilha seu rosto de prata
Componho o verniz dos poemas cinzentos,
Traçando na folha a mais triste sonata
Do cosmo da mente em infindos tormentos;

Tristeza que aflora das minhas artérias
E nutre estas letras impressas em dores
Retrata o pulsar das enfermas matérias
Que imergem meus traços num mar de langores;

No vento que dança ao compasso da noite
Espalham-se os versos de eternos pesares
E junto com ele o mais cálido açoite
Dos sonhos perdidos nas mantas dos ares;

Por dedos que escorrem palavras tão frias
Eu abro em meu verso as mais lúgubres portas,
Que escrevem nos céus as finais elegias
Dos olhos que brotam lembranças já mortas.


25/1/08

Um comentário:

medusa que costura insanidades disse...

o teu cinza me colore

"Tristeza que aflora das minhas artérias
E nutre estas letras impressas em dores
Retrata o pulsar das enfermas matérias
Que imergem meus traços num mar de langores;"

sem dito
suas valsas são de anjo dançar solitário
bjo