quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Tempo

Ah, templo da sublime liturgia
Que traça dedos longos pela história,
E emite este sabor de nostalgia
Provido pelos flancos da memória;

É casa dos momentos que se escorrem
Ao longo das estradas do universo,
Tais águas do infinito que percorrem
Os rios em destino tão disperso;

O livro dos mistérios mais ocultos
Que guarda seus escritos no passado,
E leva para os corpos já sepultos
A paz do seu descanso mais sagrado;

Semente que germina em todo canto
Nas danças do inverno ou primavera
Trazendo na ilusão do seu encanto
Os sonhos que florescem a toda era.

Um comentário:

medusa que costura insanidades disse...

flancos de memória
dança das estações
como amo o que vc escreve!
bjo