quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Despedida

Escrevo este poema em desalento
Atado no vigor dos seus enlaços,
Velando pela noite os mil pedaços
Dos sonhos espalhados pelo vento;

Tristeza que me envolve em negros braços
E afaga minha angústia em vil tormento
Tingindo o coração no tom cinzento
Do céu que perpetua enfermos traços;

Por chagas abismais que não mais curam
Os astros mais vetustos transfiguram
O fusco lamentar da mi partida;

No frio mausoléu da cor dos mangues
Apenas o esplendor das flores langues
Colorem o estupor da minha vida.

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