sábado, 26 de janeiro de 2008

Chamas

Perfume das planícies encantadas
Ou âmbar dos recintos mais distantes,
É musa de contornos radiantes
Que alenta mi'as quimeras laceradas;

É estrela que ilumina a madrugada
Com raios de fulgor purificante,
Trazendo em seu olhar inebriante
As flores que colorem mi'a morada

Serenos são os mares de s'a fronte
Formando no meu peito um horizonte
Que vem da eternidade dos seus traços;

Em céus que resplandecem doces luas
Mergulho no fulgor das chamas suas
Ardendo no infinito dos seus braços.

Um comentário:

Fernanda Rodrigues Barros disse...

Nossa! é a primeira vez que leio um poema de amor sem sentir ânsia de vômito! Quando eu falo que não escrevo poemas com essa temática sempre uso a justificativa de que me sentiria hipócrita, pois não sinto esse sentimento, pelo menos não em sua plenitude. No entanto, ao ler este teu, senti que é sim possível escrever com essa temática e ainda assim não cair no lugar comum! Os versos ainda ressoam em minh'alma! Como estou? Estupefata!