terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sonhos

Aos olhos d'uma estrela tão brilhante
Tingindo e salpicando o céu noturno,
Aflora o sentimento mais soturno
Dos sonhos que perecem nesse instante;

Envoltos sob o velcro taciturno
Dos olhos de tristeza inebriante,
Almejam num refúgio tão distante
A paz de seu lamento em tom saturno;

Paisagens que florescem no horizonte
Refletem o cingir do meu afronte
Por telas de morrente palidez;

Nos tons de sua mais doce melodia
O vento desfigura a chama fria
Dos sonhos que se esvaem outra vez.



27/12/07

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