terça-feira, 2 de outubro de 2007

Fluorescência

Por densos relvados castanhos
Que beijam os céus reluzentes,
As luas de corpos estranhos
Exibem seus traços dementes;

Ardendo tais brumas vapóreas
No espesso oceano de flores,
As rubras paisagens herbóreas
Revelam seus ocres torpores;

Nas vimes paredes etéreas
Que formam a noite viscosa,
As chuvas escorrem cimérias
Tal negra matiz lacrimosa;

Por frios acordes velados
Que vertem funesta dormência,
Os céus jazerão consternados
Na pálida azul florescência;

Um comentário:

Mariana Beltrame disse...

"As luas de corpos estranhos
Exibem seus traços dementes;"

*-*
aaaah, tio kat
:*
nao preciso dizer nada, né!