sábado, 31 de janeiro de 2009

Astronomia

Deitado neste largo céu de sonhos,
Escrevo a minha errante astronomia
Tangente a sua estrela irradiante
Que há de me embraçar em meus delírios;

O sangue tão ardente que me nutre
Com lânguidos sabores dos seus traços
Já pulsa em supernovas tatuadas
Na pele inextesível dos desejos;

Na cor deste oceano de quimeras
Que tinge o mundo onírico em lembranças,
Transpira a doce Lua dos olhares
Fulgindo, envernizado, o seu reflexo;

E além das curvas frias deste vento
Soprado ao horizonte em que me encontro,
Contemplo o florescer de sua estrela
No cosmo sazonal dos sentimentos.


10/9/08