quarta-feira, 14 de maio de 2008

Cicatrizes

Além do corredor de negros ventos
Propaga a minha essência em chama fria
Ardendo em sua atroz desarmonia
O vago enlanguescer dos meus alentos;

Envolto nestas asas perecidas
Imerjo no horizonte mais extenso
Das dores que refletem o que penso
Fulgidas por um sol de mil feridas;

Traçando meu desenho nestas telas
A face de textura tão marmórea
Demonstra a palidez dos meus vernizes;

Num lânguido universo sem janelas
A frágil dissonância das memórias
Se perde no meu mar de cicatrizes.

2 comentários:

Iriene Borges disse...

Como pintora não poderia deixar de exaltar o primeiro terceto.


Volto outras vezes

Iriene Borges disse...

Como pintora não poderia deixar de exaltar o primeiro terceto.


Volto outras vezes