quinta-feira, 24 de abril de 2008

Transmutação

Ouvindo as melodias dum solfejo
Que os ventos já tremulam como sinos,
Já brilham tais poentes cristalinos
As notas da existência que eu arpejo;

Sonhando com a origem do lampejo
Formado pela brasa dos destinos,
Mergulho em direção aos feixes finos
Tecendo o véu de estrelas que eu desejo...

Nos átomos que vibram neste instante
A astral disritmia ressonante,
Ascendo a minha essência ao céu disperso;

Despido da matéria tão vazia
Transmuto a minha cósmica energia
Além da massa exangue do universo.


21/4/08


Um comentário:

nit disse...

como sempre, muito bom.

cê escreve demais, carlos! quê isso, ou.
tem que lançar livro. de verdade.