segunda-feira, 21 de abril de 2008

Siamesas

Jazido sob um céu de dor profunda
E mares duma flor que não mais cresce,
A luz do seu alento me incandesce
Trazendo este meu ser da cinza imunda;

Sonhando co'esta lua que me inunda
Em raios perfumados tão celestes
As asas deste amor já me revestem
Nas cores da esperança mais fecunda;

Num torpe sentimento sem renome
O véu do seu olhar já me consome
A fonte interminável de tristezas;

Unindo o meu delírio à esta quimera
O tom das suas chamas reverbera
O ardor de nossas almas siamesas.




15/3/08

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