domingo, 25 de novembro de 2007

Teatro das Sombras

Noturnas fragrâncias de lírios murchantes
Colorem painéis de ancestral congruência,
Tais vultos propagam s'a vã consciência
No prado infernal de belezas errantes;

Cinzentas molduras de sombras bailantes
Formando um balé de profana indolência,
Vertendo ao luar fantasmal transcendência
Ao longo das frias correntes silvantes;

Por astros que fulgem nas mantas do céu
Se forma um febril e espiral carrossel
De pálida essência em vigor abstrato;

Por luas qu'exclamam s'as tristes venetas
Emergem assim estas vis silhuetas
Clamando terror em seu fusco teatro.

Um comentário:

lilium. disse...

um dos meus favoritos <3

adorei mesmo.


;*

amo você.