Ao longo d'um penhasco tão profundo
O som dos pensamentos me angustia
Fazendo do meu corpo a moradia
Das ânsias que assolam todo o mundo;
Ao fundo deste mar que não termina
Contemplo a deslembrança do meu fado
Levando os mil caixões do meu passado
Pro leito mais escuro desta sina;
Perdido sobre os planos da existência
Eu vejo o coração abrindo as portas
Da noite que me banha em febre aflita;
Tragado pelas sombras da demência
Só resta ao meu olhar as cores mortas
Do núcleo da tristeza que me habita.
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Um comentário:
isso é um núcleo de angústia devastadora e enfeitiçante meu caro
lindíssimo!
suas poesias são ninfas.........
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