Na frágil palidez do céu cinzento
Tingido pelas cinzas da beleza,
Respira no silêncio da tristeza
O peito que se afoga em desalento;
Habita a mais espessa profundeza
Do abismo em que repousa meu tormento
O ventre que germina o filamento
Dos sonhos que congelam na frieza;
Nas dores em que sangram meus sentidos
Os olhos transfiguram mil gemidos
Que correm pelas veias tão vazias;
No solo que permeia essa morada
Espalho a minha essência congelada
À lua que perfuma as noites frias.
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