No caos desfigurante do meu ser,
Mergulho nesse mar de inexistência
Que leva este meu corpo a perecer
Pros planos abissais da sonolência;
Na dor dilacerante da minh'alma,
Me perco nos jardins da letargia
Que vêem este tormento que desalma
Tornar-se minha eterna companhia;
Na face já vazia do meu peito
Transpulsa a solitude que reveste
As terras tão silentes do meu leito
Molhadas pelo pranto mais celeste;
E assim sob a fraqueza dos sentidos
Dopados pelo ardor do desalento,
Explanam os meus sonhos tão queridos
Na langue dimensão do esquecimento.
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2 comentários:
Os primeiros versos das três primeiras estrofes são reveladores de uma alma que não apenas sofre, mas já se habituou e até já convive bem com a "dor dilacerante", com o "caos desfigurante do ser" e não se importa em carregar a "face vazia do peito". Por fim, a alma lamenta que o esquecimento se aproxime e com ele leve os sonhos que se transformam em momentos de outrora exatamente na hora em que o esquecimento se mostra com sua "langue dimensão".
Essa forma de escrever "sangrando no papel", de "romper as veias mais grossas", de "cortar a garganta para sentir a alma livre" é bem peculiar e nada convencional. Aspecto que admiro por ser raro, profundo e por expulsar de sí o verme da mediocridade!
"Na dor dilacerante da minh'alma,
Me perco nos jardins da letargia
Que vêem este tormento que desalma
Tornar-se minha eterna companhia;"
tr00, que coisa mais triste ._.
escreva coisas mais alegres, poxa :/
te adoro *_*
:*
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