Tais lânguidas noites em tela esquecida
Fulguram no baile das nuvens cinzentas,
Os olhos se encharcam da essência sem vida
Dos prantos que fluem por infindas tormentas;
Tais lúgubres dias nascendo ao torpor
Do frio horizonte em matizes castanhas,
Palplita o elixir deste negro langor
Que nutre os jardins destas mortas entranhas;
Nos traços sutis de um estéril crepúsculo
Fulgindo suas pálidas cortinas rosadas,
As mentes vislumbram as rochas do túmulo
Num vão proferir destas dores veladas;
No triste ecoar d'um perpétuo lamento
Imerjo aos confins do abismal desalento.
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