Por águas translúcidas num átrio distante
Fluindo sem fim na espiral correnteza,
Relembro as miragens de infinda beleza
Num quadro ilusório de ardor cintilante;
Por águas que dormem na vã sutileza
Das mantas cerúleas em tênue levante,
Explanam memórias de amor radiante
Nos prantos azúleos da herbórea tristeza;
Nos leitos vertentes em prados aquosos
Contemplo os bailares anis tortuosos
Em vil descender pela fonte desdita;
Tais cinzas qu'espalham no sopro dum vento
Transpassa o fulgor do eternal sentimento
Pr'a sempre talhado nesta água infinita.
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