Desejos sem perfume e sem esperança
Já dançam no colar da minha espinha
Trazendo em suas bocas desmembradas
A gota efervescente da histrionia;
Chorando tintas mortas de esqueletos
A mente recheada de neuroses
Figura os rostos frágeis das memórias
Quebrando-se em vidraças catalépticas.
Passando o carvão cinza dos meu sonhos
No anel das luas rasas em conflito
Escorrem no meu crânio os infinitos
Segundos de lembranças em tela errante;
Vibrando as dez mil vozes dissonantes
Que sangram fragmentos de apatia
O pulso convalesce em seus arpejos
A pele distorcida da existência.
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Um comentário:
Lembrei Augusto dos Anjos, o poeta da minha adolescência.
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