No ardor espectral que me permeia
E abrange a infinitude da existência,
Eu busco a mais sublime transcendência
Da paz a desfolhar-se em minha veia;
P'la estrela solitária que passeia
No plano sideral da inconsciência,
Fulgura a dimensão da minha essência
Em meio a noite azul que se incendeia;
Tangendo o cosmo eterno da minh'alma
Mergulho num oceano que me acalma
E toda inerte dor já silencia,
Nas águas que se escorrem do seu flux
Elevo a branca chama que transluz
As vestes do meu ser na ataraxia*.
*Ataraxia: serenidade de alma; calma de espírito.
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Um comentário:
Oi, Carlos! Retorno ao virtual para ler teus escritos e sentir que o mundo não é vazio como muitas vezes o sinto! Dizer que este poema reflete minha existência, seria me repetir! Oh, como buscamos essa ataraxia, não é mesmo? Talvez, ela exista mais como um propósito, mais como uma justificava para a nossa não desistência através dos dias torturantes e das noites não tão empolgantes...
Amplexos e até breve!
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