Caminho no deserto sigiloso
Dos astros que colorem céus noturnos,
Fulgindo num rubor pernicioso
A dor dos pensamentos mais soturnos;
Visões que se convertem nas quimeras
Da tarde construída em cores frias,
Revela o aproximar das novas eras
No canto das eternas liturgias;
Eterna, tal miséria descendente
Que brilha ao estupor do sol opaco
E vento que desmancha a cor morrente
Da chama que lampeja um corpo fraco;
Num mar que perpetua as vis esfinges
Da mente revestida em psicoses,
Explana em cadavéricas vertigens
Os sonhos das profundas comatoses.
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Um comentário:
lembro que vc definiu a comatose no bar
é meu estado de ser,senti-me traduzida
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