Por massas sonoras vetustas
Na triste e infernal sincronia,
Escorrem as cordas augustas
Em densa e fecunda harmonia;
Passando os nervosos tendões
Em doce e gentil plenitude,
Soprando as funestas canções
Por leitos de vil solitude;
Nutrindo os ouvidos mais mórbidos
Com tristes allegros em flor,
Vertendo os acordes tão sórdidos
Por noites que dormem sem cor;
Ressoam sombrios lampejos
Em céus de noturna lembrança,
Ardendo os serenos arpejos
Dos vãos violinos em dança.
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