Além do azul profundo e ressonante
Do aquático horizonte de quimeras,
Escrevo letras calmas e celestes
Que tornam-se poema em seus cabelos.
Nas tintas de Netuno, divagantes,
Eu traço estes seus lábios irisados
Por onde, então, derramo vinho astral
E esculpo o doce sol dos meus delírios.
Ouvindo as harmonias sibilantes
De eternos mares cósmicos em dança
Profana, já desenho notas quentes
Das linhas de carícias que lhe envolvo.
E mesmo sob os céus atormentados
Tingidos de veneno e de tristeza,
Eu bebo dos seus olhos estrelados
A essência incandescente dos meus sonhos.
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