Deitado neste largo céu de sonhos,
Escrevo a minha errante astronomia
Tangente a sua estrela irradiante
Que há de me embraçar em meus delírios;
O sangue tão ardente que me nutre
Com lânguidos sabores dos seus traços
Já pulsa em supernovas tatuadas
Na pele inextesível dos desejos;
Na cor deste oceano de quimeras
Que tinge o mundo onírico em lembranças,
Transpira a doce Lua dos olhares
Fulgindo, envernizado, o seu reflexo;
E além das curvas frias deste vento
Soprado ao horizonte em que me encontro,
Contemplo o florescer de sua estrela
No cosmo sazonal dos sentimentos.
10/9/08
sábado, 31 de janeiro de 2009
Estrela Natimorta
Os astros se ocultando na brancura
Formada pelas linhas da alvorada
Traduzem a tristeza embalsamada
Da vida cujo Sol não mais fulgura;
Olhares se perdendo pelo nada
Dos mares de mil horas obscuras
Refletem o pulsar destas nervuras
Que anseiam a quietude eternizada;
Memórias ressoando no compasso
Da astral melancolia que componho
Na pauta magistral do tempo-espaço,
Orquestram minha noite em tons medonhos,
Trazendo no seu núcleo a luz sem traço
Da estrela natimorta dos meus sonhos...
22/11/08
Formada pelas linhas da alvorada
Traduzem a tristeza embalsamada
Da vida cujo Sol não mais fulgura;
Olhares se perdendo pelo nada
Dos mares de mil horas obscuras
Refletem o pulsar destas nervuras
Que anseiam a quietude eternizada;
Memórias ressoando no compasso
Da astral melancolia que componho
Na pauta magistral do tempo-espaço,
Orquestram minha noite em tons medonhos,
Trazendo no seu núcleo a luz sem traço
Da estrela natimorta dos meus sonhos...
22/11/08
Gris
A chuva que decora o céu da tarde
Vertendo a sua dor em vil torrente
Reflete o desalento que me arde
E banha-me em sua água enlanguescente;
Deitado sob as mantas estreladas,
Só vejo os largos sonhos que nutria
Perderem-se na história das estradas
Erguidas pelos braços da agonia;
(O peso do horizonte já retrata
O tom da minha exangue serenata...)
Relógios que apresentam sua dança
No palco da miséria que eu contemplo
Me tornam um fantasma sem lembrança
Fazendo da tristeza o próprio templo;
Diante da visão que já se enturva
No abismo que me abre as suas portas,
Mergulho este meu ser na eterna curva
Dos mares siderais de cores mortas.
20/12/08
Vertendo a sua dor em vil torrente
Reflete o desalento que me arde
E banha-me em sua água enlanguescente;
Deitado sob as mantas estreladas,
Só vejo os largos sonhos que nutria
Perderem-se na história das estradas
Erguidas pelos braços da agonia;
(O peso do horizonte já retrata
O tom da minha exangue serenata...)
Relógios que apresentam sua dança
No palco da miséria que eu contemplo
Me tornam um fantasma sem lembrança
Fazendo da tristeza o próprio templo;
Diante da visão que já se enturva
No abismo que me abre as suas portas,
Mergulho este meu ser na eterna curva
Dos mares siderais de cores mortas.
20/12/08
Assinar:
Postagens (Atom)