Jazido sob um céu de dor profunda
E mares duma flor que não mais cresce,
A luz do seu alento me incandesce
Trazendo este meu ser da cinza imunda;
Sonhando co'esta lua que me inunda
Em raios perfumados tão celestes
As asas deste amor já me revestem
Nas cores da esperança mais fecunda;
Num torpe sentimento sem renome
O véu do seu olhar já me consome
A fonte interminável de tristezas;
Unindo o meu delírio à esta quimera
O tom das suas chamas reverbera
O ardor de nossas almas siamesas.
15/3/08
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