Na pálida essência brilhante
Das luas em faces de prata,
Ressoa este arpejo vibrante
Da triste e mordaz serenata;
Ardendo suas cordas funéreas
Em densos lençóis de saturno,
Levando as augustas misérias
Aos prados de orvalho noturno;
Por astros que clamam veemência
No débil luzir d'alvorada,
A música em vime insolência
Transmuta sua voz azulada;
E assim num afronte anestésico
As sombras recaem sobre o vento,
Jazidas no ardor sinestésico
D'um torpe valsado ao relento.
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