Nos tristes sepulcros que dormem sem vida
Os corpos descansam seus débeis alentos,
Prostados ao véu da lembrança perdida
Do sol que reflete espirais filamentos;
Na dança alvoral de seus rotos semblantes
As sombras transluzem a chaga quiméria,
Tal manto que escorre em langor flamejante
No vil balouçar da sublime matéria;
Por águas que vertem numa ocre dormência
As almas fibrilam suas ébrias retinas,
Cinéreo lampejo de uma áurea indolência
Que jaz ao relento das plúmbeas cortinas;
Por céu que escurece nas tardes purpúreas
Exalam perfumes de flores veladas,
Levando pr'a noite as memórias azúleas
Das pálpebras negras pr'a sempre cerradas.
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