Nas águas qu'escorrem seus prantos eternos
Em leitos que formam essências tão puras,
Ressoa a clemência dos rubros infernos
Num céu que reflete as paisagens escuras;
Luzindo e queimando estas cores aflitas
Na fúria longíqua do ardor cintilante,
Jardins em que brotam as flores malditas
Dos frios recantos do espaço distante;
Florestas sem fim de lampejos sidéreos
Ofusca o negrume da noite tranquila,
Fulgindo estes ecos de antigos mistérios
Por mares que ondulam e céu que rutila;
Na lua qu'encobre sua face dormente
Em nuvens que alongam seus braços mortais,
Se velam nos olhos da Terra silente
Os langues segredos das terras astrais.
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